Equipes das unidades de saúde passam por curso de capacitação para oferecer o mesmo atendimento que os pacientes recebem no Centro de Atenção ao Diabético e Hipertenso (CADHi)
A hipertensão arterial e o diabetes são doenças altamente prevalentes e representam um sério problema de saúde pública. Elas não têm cura, mas podem ser controladas com medicamentos e bons hábitos de vida. Do contrário, as duas doenças costumam ter graves consequências. No caso do diabetes, problemas renais, cardiovasculares e até cegueira e amputações. A hipertensão é igualmente perigosa.
Visando um melhor atendimento a esses pacientes na rede municipal, o Centro de Atenção ao Diabético e Hipertenso (CADHi) da Secretaria Municipal de Saúde vem promovendo cursos de capacitação para médicos e enfermeiros que atuam nos postos do programa Estratégia Saúde da Família (ESFs) e nas Unidades Básicas de Saúde. O objetivo é criar um protocolo de atendimento para esses pacientes.
– A hipertensão arterial é o principal fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, do tipo infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal com necessidade de diálise, por isso é tão perigosa – alerta o cardiologista Anderson Wilnes, um dos coordenadores do programa.
O CADHi é um centro de referência de atenção aos pacientes diabéticos descompensados e hipertensos resistentes. Lá, os pacientes contam com uma equipe composta por cardiologistas, endocrinologista, assistente social e enfermeira. O CADHi também é responsável pelo fornecimento de fitas e aparelhos de glicemia para os pacientes cadastrados no município em uso de insulina.
– Nós atendemos os pacientes que já são acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou no programa Estratégia Saúde da Família (ESFs) e apresentam complicações por conta da diabetes ou hipertensão. O CADHi controla a doença deste paciente, dá assistência e o acompanha até ele voltar a ficar estabilizado e poder continuar o atendimento da unidade de saúde próxima a sua residência – explica a enfermeira Viviane Torres, coordenadora geral do CADHi.
Os primeiros treinamentos foram realizados pelos cardiologistas Anderson Wilnes e Ana Lia. Em agosto, os profissionais dos ESFs e UBS seguem treinamento com o endocrinologista Claudio Chyosqui. Investir na prevenção, detecção precoce e tratamento destas duas doenças é decisivo para garantir melhor qualidade de vida e diminuir gastos com hospitalização e medicina de alta tecnologia. A abordagem conjunta, neste protocolo, justifica-se pelos fatores comuns às duas doenças, tais como: fatores de risco, necessidade de controle permanente e intervenções no tratamento das comorbidades.
O CADHi funciona na antiga emergência pediátrica ao lado do Hospital Municipal São José Operário, na Rua Governador Valadares, em São Cristóvão.
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